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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Capitulo 87;

nota: lembre-se sempre de dar play na música ao fim do post antes de lê-lo


Carta ao doce irmão


" Caro irmão,
Sinto sua falta, e muito, desde que fora embora para a grande incerteza da imensidão azul.
Ainda visito mamãe no dia de finados, deixei lá as orquídeas que tinha mania da comprar para ela, mesmo que saiba que ela as odiava.
Papai também esta bem, mesmo perdido em seu próprio entusiasmo e no seu mundinho a parte. Ele parou de trabalhar, agora passa o dia todo olhando para o retrato de mamãe e imaginando o que seria dele - de nós, e principalmente de você - se ela não tivesse se matado.
Acho que como você ele ainda não se perdoou, por não ter percebido aquilo que estava na sua cara; que ela estava terrivelmente infeliz.
Eu também não me perdôo, a última coisa que disse a ela foi ' Eu te odeio '.
Nunca à odiei de verdade, - ela era maravilhosa, para mim, para você e para o ingrato do papai - mesmo que eu repetisse isso tantas vezes ao dia.
Por falar nisso, Margarida disse que você se casou com Laura, e teve uma filha. Ensine-a a dizer "eu te amo" à Laura enquanto há tempo, por que quando Laura se for tudo o que sua pequena filha não disse a ela irá causar-lhe mais arrependimento do que as prováveis coisas horríveis que disser.
Por falar em eu te amo, eu ainda te amo muito, Miguel, como meu irmão, e como meu marido.
Sei que mamãe morreu sem nós entender, e muito menos aceitar, mas nunca foi preciso, mesmo que tenha fugido, me deixado sozinha com todos os nossos problemas e complicações, tendo se casado com Laura, e tido uma filha, você sempre será só meu, e eu serei só sua. Miguel querido, sei que ainda quando fecha os olhos ao lado dela, pensa naquela nossa noite de primavera.
Escrever-te-ei mais, e mais tarde, com mais noticias do lado de cá.

Da irmã que te ama muito, e te quer mais ainda;
Maria de Lurdes "

("Histórias de rosa e espinho". Capitulo dezesseis “A carta do confesso incesto"
2010 - Ana Luiza Marques)



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Capitulo 86

Pouco tempo;

Pouco tempo
Pouca idade
Muitos planos
Muitas idéias
Muitos problemas
Pouca executabilidade
Pouca Maturidade
Muita vida
Muito tempo para tudo que quero fazer
Muito tempo para viver com você
Pouco tempo para ir
Nunhum tempo para voltar
O relógio vai tique-tique taqueando rápido
E para que o tempo não te leve de mim
Ou não me afaste de você
Aos poucos vou eternizar, nosso amor, e nossos planos
Em forma de poema para um dia me lembrar de te contar
E pode acreditar; se tudo der certo, não iremos rir de tudo isso.